sexta-feira, 8 de maio de 2009

O início


ABISMO

(Vinícius de Moraes)

Não é o grito
a medida do abismo?
Por isso grito
toda vez que cismo
com essa tua vida
tão louca e errada
- que grito inútil,
que imenso nada!


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Não sou chegada a "inícios".

Ou melhor, eu tenho medo de recomeços.

Quem me vê falar assim nem imagina o "mega-recomeço" que vou enfrentar no próximo mês.

Após quase 5 anos trabalhando em uma empresa, na mesma função; com as mesmas perspectivas de crescimento (= nenhuma); com apenas 3 aumentos de salário durante todo este tempo; vendo amigos irem embora; deixando amigos que fiz aqui; enfrentando enormes oscilações de humor; quase enlouquecendo meu namorado (que com o tempo transformou-se em marido) e brigando comigo mesma por não ser mais aquela moça cheia de sonhos e fome-de-vencer que fui um dia. Então, resolvi pedir demissão, e me jogar!

Ui! Que medo!

Por isto o título do blog.

Quero alcançar uma estabilidade financeira que não tenho.

Uma realização profissional que ainda não veio.

E o prazer de poder viajar e fazer compras sem me preocupar tanto se vou ter dinheiro para pagar a fatura do cartão.

Estou de um lado do abismo. Quero chegar ao outro!

Além disso, sou admiradora da "Teoria do Abismo", né?!

Conhecem?

Diz assim: "Existe um abismo entre a vida que se deseja e a vida que se tem neste momento. A distância entre esse abismo é inversamente proporcional à nossa força de vontade."

Espero que este blog me ajude a superar este momento de mudanças.

Não sei exatamente sobre o que eu vou escrever.

Talvez, sobre tudo que me ajude a diminuir meu abismo.

Talvez, seja apenas mais uma idéia que vou começar, e deixar para trás. Como todos os fotologs que comecei a fazer e hoje, não me lembro nem mais do endereço, quem dirá a senha.


E, quando falo de abismos me refiro a abismos de todas as formas, sejam elas metafóricas: mudanças, começos, recomeços, ou não. As paisagens que retratam abismos me enlouquecem. Dá uma vontade de pular. Minha amiga Andreza diria: "Isto é causado pela força da gravidade. Óbvio, né, mulher?"







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